83# A psicologia do totalitarismo

 por Mafalda da Costa Melo

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Mattias Desmet é um psicólogo clínico belga e professor de psicologia clínica na Universidade de Ghent sobre a formação de massas em regimes totalitaristas. Tem um mestrado em
estatística e é doutorado
em Ciências Psicológicas e Filosofia
cujo livro acabadinho de sair em múltiplas línguas
“A psicologia do totalitarismo”
descreve a psicologia do regime totalitarista no nosso caso transhumanista.

O livro está divido em 3 partes

Parte I – Ciência e os efeitos psicológicos

      1. Ciência e ideologia

      2. Ciência e as aplicações praticas

      3. a sociedade artificial

      4. O universo (i)mensurável

      5. O desejo por um amo

         

Parte II –  Totalitarismo e Formação de Massas

6. A ascensão das massas

7. Os lideres das massas

8. Conspirações e Ideologia

Parte III Para além da visão mecânica do mundo

9. O universo morto vs o Universo Vivo
10. Matéria e Espirito
11. Ciência e Verdade

Vamos a um resumo resumido:


A palavra totalitarismo refere-se à ambição de impor uma ideologia ou teoria total no povo. É uma ambição que destrói o indivíduo.
Porque a energia psicológica emerge a todo o momento no qual o indivíduo pode fazer uma escolha que é a sua escolha que não é forçada por terceiros. O indivíduo pode ser controlado pelo desejo e /ou pelo medo.

Os indivíduos precisam de privacidade de espaço no qual possam fazer as suas próprias escolhas e é aí que o indivíduo recebe energia psicológica. E o regime totalitário destrói essa possibilidade de ter essa energia psicológica. Pode chegar ao ponto no qual as pessoas terão as mesmas casas, os mesmo corte de cabelo por ai fora.

É importante demonstrar às pessoas que a ideologia
transhumanista é muito perigosa na medida em que a tecnocracia é um
desastre para a própria humanidade.

 

O Determinismo é uma ideologia, que já foi refutada no inicio do
século XX, no qual o homem e/ou o universo é material é uma
máquina como um relógio, é um sistema mecânico que pode ser
compreendido racionalmente que deverá ser dirigido de um modo
tecnocrático / transhumanista o que implica a desumanização da
humanidade.


Ao tentar perceber as coisas de um modo racional cria-se uma parede à
volta sem espaço para o divino e o sublime que impede as pessoas de
ter uma ressonância com o outro. O cora
ção da vida nao se entende de uma maneira racional. As emoções não se entendem sentem-se. A verdade não se entende sente-se.

 

1// odysee: ver comprimido da paz 54 – 8 tabus entre psicologia e física quântica

2// rumble: ver comprimido da paz 54 – 8 tabus entre psicologia e física quântica


3// telegram:
ver comprimido da paz 54 – 8 tabus entre psicologia e física quântica

A teoria de sistemas complexos
prova racionalmente e parodoxalmente que o núcleo de todos o sistema
complexo é irracional. Bohm disse que relativamente aos átomos a
linguagem pode apenas ser usada como poesia ou mística e n
ão
s
ão previsíveis.

Em 2020 ao aperceber-se que os dados estatísticos não combinavam com a
narrativa oficial Desmet apercebeu-se que estamos perante um fenómeno
de:

> formação em massa é uma forma de hipnose em massa que surge quando condições
específicas são atendidas e quase sempre precedem o surgimento de
sistemas totalitários.

> Quatro condições centrais que precisam existir para que a formação de massa aconteça são

  1. a solidão generalizada e a

  2. falta de vínculo social, o que leva a experiência a vida como se significado,

  3. o que leva a uma ansiedade e descontentamento generalizados sem se conseguir determinar a causa para esse sentimento,

  4. o que leva a uma flutuação generalizada frustração e agressão, o que resulta em se sentir fora de controle

A narrativa propagada pelos MASS MeDIA serve para associar essa sensação de ansiedade e descontentamento ao vírus externo e às pessoaso vacinadas.

Gustave
Le Bon
– refere-se que aos lideres das massas também estão hipnotizados com a narrativa. E avisa que esses lideres devem-se preparar para serem mortos pelas massas quando estas se apercebem das perdas sofridas ou os sacrifícios feitos pelo bem comum. – ou pela ideologia transhumanista.

> Sob formação em massa, uma população entra num transe do tipo hipnótico que os torna dispostos a sacrificar qualquer coisa, incluindo as suas vidas e sua liberdade para aliviar essa sensação de ansiedade. Sendo radicalmente intolerantes a vozes dissidentes ou contrárias e estigmatizam as pessoas que
não vão no rebanho hipnótico. Acreditando por exemplo durante a revolução do Irão que na lua cheia a cara do Ayatollah Khomeini estava lá. E se não forem paradas ou bem geridas a massa hipnótica cometerá crueldades com o outro como se fosse um dever ético

>não se entende ainda quem são as pessoas que são imunes ao processo de formação de massas o que se sabe é que quando mais qualificada a pessoa é mais fácil será de cair no estado hipnótico.

> as pessoas hipnotizadas sentem-se ligadas ao colectivo e não se sentem sozinhas ou não sofrem de solidão. Há um novo vínculo social. Como os espectadores num jogo de futebol que cantam uma musica não porque a acham bonita mas porque os une naquele momento ao colectivo. O que cria um problema porque o indivíduo não se liga ao outro mas separadamente se ligam ao
colectivo. A solidariedade é entre o indivíduo e o colectivo.

Quanto mais o estado  hipnótico  levar mais há investimento emocional e há mais energia que é injectada na relação do indivíduo com o colectivo. Assim se explica que já uma grande solidariedade com o colectivo e um falta de empatia com o indivíduo. No fim viverão um ambiente paranóico.

Jacques Ellul

> esta formação de massas não pode ser comparadas a outras na medida em que as massas actuais são massas atomizadas e / ou sozinhas explicado por Jacques Ellul que escreveu um livro sobre propaganda – A formação das atitudes dos homens na medida em que cada pessoa é afectada ou
atingida pelos Mass Média. Estas massas são mais vulneráveis que as outras massas de outras eras. O que faz o efeito da hipnose ainda mais poderoso.

As principais estratégias para  interromper o processo de formação de massa são falar contra a narrativa oficial
e praticar a resistência não-violenta. Vozes dissidentes impedem que os sistemas totalitários se deteriorem numa

desumanidade abjecta, onde as pessoas estão dispostas a cometer atrocidades hediondas.

 Num dos capítulos do livro

Alexander Soljenítsin

O Arquipélado De Gulag”, galardoado com um prémio Nobel  

 Alexander Soljenítsin
refere que uma pequena percentagem dos prisioneiros se recusava a comportar como um selvagem sem consciência mesmo que lhe roubassem a comida e se recusavam a fazer o que os guardas mandassem independentemente 
das consequências. Os demais matavam-se uns aos outros para roubar
comida. Num espiral de loucura e crueldade. Desmet explica também que esses prisioneiros que se respeitam ficavam mais poderosos emocionalmente e fisicamente. É verdade que muitos morreram
Soljenitsin sobreviveu 15 anos no campo de concentração bem como o guarda a que o livro que escreveu retrata.



Em última análise, “totalitarismo” refere-se à ambição do sistema. Quer eliminar a capacidade de escolha individual e, ao fazê-lo, destrói a essência do que é ser humano. Quanto mais rápido um sistema destrói o indivíduo, mais cedo o sistema entra em colapso.

Segundo Desmet, uma ditadura clássica, no nível psicológico, é muito primitiva.

Pode-se resumir que é uma sociedade que tem medo de um pequeno grupo, um regime ditatorial, por
causa de seu potencial agressivo.

No totalitarismo, por outro lado, surge a partir de um mecanismo psicológico muito diferente. Curiosamente, o estado totalitário não existia antes do século XX.

A ditadura e o sistema totalitário baseiam-se em sistemas psicológicos
diferentes. Enquanto na ditadura há uma sistema exterior de vitima e
opressor directo entre as elites e o povo no totalitarismo o ponto de
gravidade são as massas hipnotizadas que passam a ser as vitimas e
os criminosos simultaneamente.

 

A ditadura controla o espaço publico e o politico enquanto o regime totalitário pretende controlar o espaço publico politico e o privado através de uma policia secreta que está nas próprias massas hipnotizadas e cruéis. O regime totalitário sufoca no dia a dia. Mudar os líderes é indiferente. 

É um fenómeno relativamente novo, e é baseado na formação de massa ou hipnose em massa.

 

 

Hannah Arendt

As condições para esse estado hipnótico em massa foram encontradas pela 1° vez pouco antes do surgimento da União Soviética e da Alemanha nazi.
Explicadas por vários autores que vivenciaram esse momento histórico.

> Hannah Arendt – As origens do totalitarismo – que já tinha referido em 1951 que o próximo regime totalitarista seria tecnocrático e que os lideres das massas regem-se na assumpção que é possível mentir para a população vezes sem conta e as pessoas porque estão hipnotizadas acreditarão. As pessoas nao se preocupam com os factos ou com a veracidade das frases.

 

 

Quanto mais absurdo forem as medidas / os rituais de prevenção COVID mais há investimento emocional. No qual os interesses do colectivo são mais importantes que os interesses do indivíduo. E com a narrativa e os rituais conseguem transcender as vidas e sentem-se mais ligados. A sociedade é boa que houver um balanço entre indivíduo e colectivo.

Essas condições foram novamente atendidas pouco antes da crise do COVID. O que estamos vendo agora é um tipo diferente de totalitarismo, em grande parte devido aos avanços tecnológicos que criaram ferramentas extremamente eficazes para influenciar subconscientemente o público – que na sua grande maioria é analfabeto funcional.

Agora temos ferramentas muito sofisticadas para hipnotizar massas muito maiores de pessoas do que em tempos anteriores. Mas enquanto nosso totalitarismo actual é global e não regional, e a guerra de informação mais sofisticada do que qualquer coisa que os soviéticos ou nazi pudessem reunir, a dinâmica psicológica básica ainda é idêntica.

“Formação em massa” é um termo clínico pode ser traduzido simplesmente como uma espécie de hipnose em massa, que pode ocorrer uma vez que certas condições sejam cumpridas.

Quando está hipnotizado, a primeira coisa que o hipnotizador fará é separar ou retirar sua atenção da realidade ou do ambiente ao seu redor. Então, por meio de sua sugestão hipnótica – geralmente uma narrativa ou sentença muito simples dita em voz alta – o hipnotizador focará sua atenção total num único ponto, por exemplo, um pêndulo em movimento ou apenas sua voz.

Do ponto de vista da pessoa hipnotizada, parecerá que a realidade desapareceu. Um exemplo extremo disso é o uso da hipnose para tornar as pessoas insensíveis à dor durante a cirurgia. Nessa situação, o foco mental do paciente é tão estreito e intenso, que ele não percebe que seu corpo está sendo cortado.

Da mesma forma, não importa quantas pessoas sejam feridas pelas medidas do COVID, porque o foco está no COVID e todo o resto desapareceu, em termos psicológicos.

As pessoas podem ser mortas por não usarem uma máscara e o hipnotizado não levantará uma sobrancelha. Crianças podem morrer de fome e amigos podem cometer suicídio por desespero financeiro – nada disso terá um impacto psicológico no hipnotizado porque, para eles, a situação dos outros não é registrada. Um exemplo perfeito dessa cegueira psicológica para a realidade é como as mortes e lesões porinoculações

 

George Orwell

COVID simplesmente não são reconhecidas e nem são consideradas causais.

Estamos agora diante de uma situação mais
complicada do que em qualquer outro momento, porque o totalitarismo
que agora está surgindo não tem inimigos externos, com exceção
dos cidadãos que não estão hipnotizados e não compram as falsas
narrativas. A Alemanha nazi, por exemplo, foi destruída por inimigos
externos.

 

 


Por outro lado, há vantagem nisso, porque os estados totalitários
sempre precisam de um inimigo. Isso é algo que foi muito bem
descrito por George Orwell
no seu livro “1984”. Para que o processo de formação de

massa continue a existir, deve haver um inimigo externo sobre o qual o
Estado possa concentrar a agressão das massas hipnotizadas.


 

30% da população está hipnotizada, 10% não aceitaram a narrativa e
60% estão confortáveis. 

O grupo de 10% dos não hipnotizados deverão saber que não conseguirão acordar as massas no entanto o discurso dissidente um um grande efeito perturba constantemente o processo de formação de massas. Gustave Le Bon já mencionou que se há pessoas que continuam a falar sem tentar convencer os demais apenas cumprindo o dever ético de dar voz à razão e lucidez fará com que a formação de massas não atinja o ponto no qual os lideres e as massas estarão convencidos de que é justificado eliminar qualquer pessoas que se não aceita ou acredita na narrativa falaciosa.

Deve-se  criar um grupo que todos podem falar sem entrar em fanatismos e sem
polarizar. É este pequeno grupo que vai re-inventar a sociedade. E ser super fiel aos princípios de humanidade ética
moral. Teremos que ser racionais mas não em demasia.


A resistência violenta automaticamente faz de
si um alvo de agressão, então “a resistência de dentro de um
sistema totalitário sempre tem que se
comportar de acordos com os
princípios da resistência não-violenta”, diz Desmet.

Mas também deve continuar a falar de forma clara, racional e não
abusiva continuadamente de modo a que a formacão de massa se auto-destrua e não destrua o grupo dos não hipnotizados.

 Desmet explica: 

 

O
primeiro e mais importante princípio que a resistência deve seguir
durante um processo de formação de massas e totalitarismo emergente
é que as pessoas que não concordam com as massas
hipnotizadas
devem continuar a manifestar-
se
e a protestar
.
Essa é a coisa mais crucial.

 

Como
o totalitarismo se baseia na formação em massa, e
esta
é uma espécie de hipnose, provocada pela voz do líder, que mantém
a população em processo de hipnose. E quando vozes dissonantes
continuam a falar, elas
apesar
de
não
ser
em
capazes de acordar as massas, mas perturba
m
constantemente
o
processo de formação de massa
seja
mais profundo e leve ao descalabro total
.

 

As
vozes dissidentes
interferem
constantemente com a hipnose. Se houver pessoas que continuam a
falar, a formação de massa geralmente não se tornará tão
profunda que haja uma vontade na população de destruir as pessoas
que não concordam com as massas. Isso é crucial.

 

Historicamente
falando, se olhar o que aconteceu na União Soviética e na Alemanha
nazi, fica claro que foi exatamente no momento em que a oposição
cessou
de falar em público que o sistema totalitário começou a se tornar
cruel.

 

Em
1930, na União Soviética, a oposição parou de se manifestar e,
dentro de seis a oito meses, Stalin iniciou seus grandes expurgos,
que fizeram dezenas de milhões de vítimas. E então, em 1935,
exatamente o mesmo aconteceu na Alemanha naz
i.

 

A
oposição foi silenciada
ou
com medo passou à clandestinidade porque
pensavam
que estavam
a
lidar

com uma ditadura clássica
mas
com um estado totalitári
o
sendo uma decisão fatal.


 


Assim,
também na Alemanha nazi, no período de um ano após a oposição
parar de falar em público, a crueldade começou e o sistema começou
a destruir primeiro seus oponentes. Isso é sempre o mesmo.

 

No
primeiro estágio, os sistemas totalitários ou as massas começam a
atacar aqueles que não estão de acordo com eles. Mas, depois de um
tempo, eles simplesmente começam a atacar e a destruir todos, grupo
após grupo.

 

E,
na União Soviética, onde o processo de formação de massa foi
muito longe, muito mais longe do que na Alemanha nazi, Stalin começou
por
eliminar a aristocracia, os pequenos fazendeiros, os grandes
fazendeiros, os ourives, os judeus, todas as pessoas que, segundo ele
nunca se tornaria bons comunistas.

 

Mas
depois de
algum
tempo, ele começou a eliminar grupo após grupo sem qualquer lógica.
Apenas todos. Então, é por isso que Hannah Arendt disse que um
estado totalitário é sempre um monstro que devora seus próprios
filhos. E esse processo destrutivo começa quando as pessoas
se
calam
.

 

Essa
é provavelmente a razão pela qual, no início do século 20,
houve
vários países
no
quais

havia formação de massa, mas onde nunca houve um estado totalitário
de pleno direito.

 

Provavelmente,
havia pessoas suficientes que não se calaram, que continuaram a
falar. Isso é algo que é tão crucial para entender.
Quando a
formação em massa surge, as pessoas normalmente sentem que não faz
sentido falar porque as pessoas não acordam. As pessoas não parecem
sensíveis aos seus contra-argumentos racionais.

 

Mas,
nunca devemos esquecer que falar tem um efeito imediato. Talvez não
que desperte as massas, mas que perturbe o processo de formação de
massa e a hipnose. E dessa forma, evita que as massas se tornem
altamente destrutivas em relação às pessoas que não as
acompanham.

 

Outra
coisa também acontece. As massas começam a se esgotar. Eles começam
a se destruir antes de começarem a destruir as pessoas que não vão
junto com eles. Então, essa é a estratégia a ser usada para
resistência interna aos regimes totalitários.”

procura
de significado

existe ou cria-se quando vivenciamos o efeito do nosso trabalho na
vida das outras pessoas quando sentimos que conseguimos fazer o outro
feliz. Enquanto os produtos que precisamos para viver sao produzidos
localmente aquele que fez os objectos conhece aquele que os consome
assim o factor trabalho é visto e sentido como tendo significado. E
isso desapareceu com a tailoriz
ação
do trabalho.

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Obrigada pela atenção e até à próxima.
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Fontes:

1// MATTIAS DESMET & THE PSYCHOLOGY OF TOTALITARIANISM

https://odysee.com/@Reachthedivine:d/Importance-of-maintaining-the-principles-of-humanity-in-a-de:6

2// Mattias Desmet the psychology of the totalitarianism

https://odysee.com/@Reachthedivine:d/MattiasDesmet_thepsychology_of_the_totalitarianism_HW:2

3// The psychology of totalitarism 

https://www.amazon.com/Psychology-Totalitarianism-Mattias-Desmet/dp/1666608963

4//

Interview by Headwind – Prof. / Dr. Mattias Desmet – Release August, 2022

https://odysee.com/@BackToTheLight:7/interview-by-headwind-prof.dr.mattias-desmet-release-august-2022-mediarebell:

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